fossa séptica o que é e como funciona

Fossa séptica: o que é, como funciona e qual sua importância?

Os sistemas de fossa séptica são mais utilizados para tratamento e descarte de águas residuais domésticas, principalmente em locais em que a conexão à rede de esgoto é inacessível, impraticável e de custo elevado.

A preferência pelo uso de sistemas de fossas sépticas deve-se, em parte, à relativa simplicidade, baixo custo e capacidade de tratamento.

Contudo, é preciso identificar a necessidade e capacidade do sistema de fossa, visto que o desempenho pode variar, inclusive conforme os efluentes.

A propósito, os próprios resíduos/efluentes produzidos podem ter graus de qualidade e contaminação diversos, demandando o descarte e tratamento correto. 

Nesse sentido, a manutenção é fundamental para o bom funcionamento da fossa a longo prazo e para águas residuais mais adequadas, reduzindo o risco de contaminação.

Apesar da maioria dos sistemas de fossa séptica modernos despejarem os efluentes diretamente no solo para a remoção final dos contaminantes, o tratamento é variável e, no caso de sistemas falhos, os contaminantes podem atingir as águas superficiais e subterrâneas. 

Como funciona o sistema de fossa séptica?

As fossas sépticas são compostas por 2 componentes principais: um tanque receptor e um sistema de lixiviação.

Há projetos que podem ser encontrados a partir do projeto arquitetônico 3d em plataformas da internet, que ensinam a construir esse tipo de estrutura. Apesar disso, muitos modelos profissionais podem ser encontrados, conforme as necessidades.

Uma linha de esgoto transporta as águas residuais de diferentes pontos de uma residência, entre as quais:

  • Banheiro;
  • Cozinha;
  • Lavanderia;
  • Quintal.

Toda a captação é direcionada para uma fossa séptica subterrânea, em que partículas pesadas se depositam no líquido e formam uma camada de lodo no fundo do tanque, enquanto os materiais mais leves flutuam, formando uma camada. 

Microrganismos ou bactérias boas que vivem dentro do tanque liquefazem os resíduos e ajudam a eliminar toxinas, vírus e bactérias ruins das águas residuais são passadas pelo sistema de lixiviação para o solo circundante.

O efluente da fossa séptica contém uma grande variedade de poluentes, incluindo patógenos, bactérias fecais, fósforo (P), nitrogênio (N), matéria orgânica (MO), sólidos suspensos (SS), compostos farmacêuticos, detergentes domésticos e produtos químicos que representam riscos.

Por isso, é fundamental se ater aos ambientes de que são coletados (por exemplo apenas águas cinzas – vindas de banho e lavagem de roupa), tratamento correto e descarte indicado.

Poluição do sistema séptico

Os sistemas sépticos podem afetar a qualidade dos corpos d’água superficiais, bem como os poços de água potável locais. 

A extensão da poluição do sistema séptico depende de quão bem mantido a estrutura se apresenta, bem como quanto ao uso no dia a dia. 

Se um sistema séptico localizado perto de um poço de água em uma fábrica que produz brindes personalizados não estiver funcionando corretamente, os contaminantes do efluente podem chegar à água potável e isso pode resultar no surgimento de doenças graves. 

As bactérias, vírus e protozoários das águas residuais podem causar doenças como febre tifóide, doenças gastrointestinais, hepatite A e cólera. 

Além disso, quando não são tratadas adequadamente, podem conter resíduos de alimentos, fezes e compostos de limpeza, além do acúmulo de urina – com alta concentração de nitrogênio. 

Quando consumidos, esses nitratos podem resultar em metemoglobinemia em bebês. Essa condição reduz a capacidade do sangue de transportar oxigênio e se não for tratada em tempo hábil, pode resultar na morte do bebê afetado.

Além disso, diversos outros problemas podem ocorrer em crianças e adultos, como contaminações e surgimento de protozoários.

Cuidados para evitar poluição da fossa séptica

A seguir estão algumas das causas mais comuns de contaminação de águas subterrâneas por sistemas de fossa séptica não adequados e as respectivas opções de mitigação. 

Por isso, lembre-se que é muito importante contar com esse sistema para reduzir problemas de esgoto, mas é fundamental que haja manutenção e acompanhamento do sistema de tratamento e descarte dos efluentes.

  1. Localização

A maioria dos municípios seguem uma legislação ambiental rígida que fornece diretrizes sobre a distância mínima que deve ser mantida entre uma fossa séptica e poços de água potável. 

Manter essa distância é crucial para garantir que as águas residuais não cheguem à água potável, não sem antes serem tratadas por meio de uma combinação de processos biológicos e físicos. 

O tratamento completo de efluentes necessita de uma boa camada de solo não-saturado. 

Por esse motivo, deve-se evitar áreas da propriedade que possam ter lençóis freáticos altos, como condomínios com empresa de portaria, ou mesmo que tenham camadas impermeáveis ​​rasas ao escolher a localização da fossa séptica.

Também é importante fazer um teste de percolação no local, apenas para garantir que o solo seja permeável. 

Se a permeabilidade for insuficiente, o campo de drenagem pode não lidar com o fluxo de águas residuais de forma eficiente, resultando em lagoas. 

Contudo, se a taxa de percolação do solo for muito alta, o efluente pode atingir o lençol freático antes de ser devidamente tratado. 

Por outro lado, se a taxa de percolação for muito lenta, o campo de drenagem pode ficar encharcado, o que pode levar a retornos. 

Esta é a razão pela qual os sistemas avançados de fossa séptica são recomendados para áreas que podem não ser propícias aos sistemas convencionais.

  1. Projeto e construção em acordo

O projeto também pode determinar se o sistema de fossa séptica causará ou não poluição. A topografia do solo e as características relacionadas devem ser levadas em consideração ao projetar o sistema séptico. 

Por exemplo, solos com baixa taxa de percolação precisam de um campo de lixiviação maior para dar tempo suficiente para o tratamento das águas residuais. 

Além disso, o campo de lixiviação deve estar em uma área plana para permitir o fluxo uniforme de águas residuais nas valas. 

Ao projetar sistemas sépticos para restaurantes que contam com mini câmara fria para congelamento, é imperativo instalar interceptores de gordura. 

Isso ocorre porque a graxa produzida nesse tipo de estabelecimento comercial é alta, podendo facilmente causar a falha da fossa séptica. 

Também é aconselhável não construir a fossa séptica quando o solo estiver molhado, pois pode haver muita sujeira e compactação do solo. 

De maneira ideal, o melhor a se fazer é consultar um empreiteiro licenciado ao instalar um sistema séptico. 

Os profissionais desenvolvem o projeto e garantem a instalação da fossa séptica, sem violar nenhum dos requisitos estatutários, além de se precaver e construir corretamente, exatamente para evitar falhas no sistema.

  1. Manutenção regular

Além do projeto e da construção, a manutenção adequada é talvez o passo mais importante para garantir que o sistema séptico não polua as águas subterrâneas. 

Negligenciar o sistema séptico pode resultar em falha, mesmo que tenha sido construído adequadamente, dentro do acordo com os regulamentos. 

É responsabilidade de cada proprietário da fossa séptica monitorar o sistema, e assim garantir que tudo esteja funcionando como deve ser, verificado financeiramente junto ao escritório contábil se tudo está dentro do orçamento.

Por exemplo, os proprietários devem monitorar a área do campo de drenagem em busca de qualquer sinal de falha que inclua esgoto superficial, odores ou vegetação exuberante. 

Esses sinais devem ser levados a sério, e tratados antes que o sistema falhe completamente e polua as águas subterrâneas.

Bombear o tanque de tempos em tempos ajuda a garantir que o lodo não se acumule em quantidades excessivas. 

Quando há muito lodo no tanque, as águas residuais serão forçadas para fora do tanque prematuramente, o que pode resultar no entupimento do campo de drenagem. 

Também é importante evitar o uso de produtos que possam prejudicar as bactérias na fossa séptica. 

A maioria dos produtos de limpeza comerciais são feitos de compostos e produtos químicos que são tóxicos para as bactérias. 

  1. Não sobrecarregar o sistema

A sobrecarga hidráulica é uma das causas mais comuns de falha da fossa séptica. 

As bactérias precisam de tempo suficiente para digerir os resíduos orgânicos, mas quando muitas águas residuais são enviadas para o tanque, pode haver o descarte ou vazamento sem que o tratamento tenha sido concluído.

Portanto, é uma boa ideia evitar a sobrecarga do sistema hidráulico ou mesmo avaliar a necessidade do espaço para adquirir um sistema com a capacidade adequada. 

Outras medidas de cuidado podem ser adotadas. Por exemplo, se houver muitas pessoas na casa, é preciso evitar tomar muitos banhos sucessivamente. 

Por fim, ao perceber qualquer torneira vazando, mesmo em uma administradora de condomínios residenciais, o conserto deve ser feito de maneira imediata. Mesmo uma pequena gota pode ter um sério efeito cumulativo ao longo do tempo.

  1. Proteção do sistema contra danos externos

Também é importante proteger a fossa séptica de danos externos. Caso a estrutura apresenta qualquer rachadura, pode ser que o efluente escorra e acabe chegando às águas subterrâneas.

Exercer pressão indevida na fossa séptica pode resultar em danos. Sendo assim, é preciso evitar atividades como construção ou dirigir máquinas pesadas sobre a fossa séptica. 

Outra possível causa de danos à fossa séptica são as raízes das plantas, pois elas são muito invasivas e podem facilmente causar rachaduras em tanques de concreto. 

Por essa razão, uma dedetização valor é válido, além de evitar plantar árvores e arbustos perto da fossa séptica. 

Por fim, ao fazer o bombeamento de rotina do tanque, deve-se fazer uma inspeção do tanque apenas para certificar-se de que não há trincas.

  1. Uso de aditivos biológicos

Os aditivos biológicos são feitos de enzimas e bactérias e podem ajudar a melhorar a eficiência da fossa séptica. 

Esses aditivos introduzem bilhões de bactérias e enzimas na fossa séptica que ajudam na liquefação de resíduos orgânicos. 

Ao fazer isso, as bactérias evitam a poluição da fossa séptica e, em última instância, aumentam a longevidade do sistema séptico, conforme indicam estudos de licenciamento ambiental que podem ser realizados preventivamente.

Conclusão

Não há como negar que as fossas sépticas desempenham um papel vital no tratamento de águas residuais em residências que não estão conectadas ao sistema de esgoto municipal. 

À medida que a expansão urbana continua a crescer a cada década, a necessidade de sistemas sépticos continua a aumentar. 

Isto significa utilizar o sistema séptico como foi concebido e seguir todos os procedimentos de manutenção necessários. Isso garante sistemas saudáveis ​​e duradouros que não poluem as águas subterrâneas.

Texto originalmente desenvolvido pela equipe do blog Business Connection, canal em que você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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Imagem: Encanamento foto criado por wirestock – br.freepik.com

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