crise hídrica no rio grande do sul

Crise hídrica no Rio Grande do Sul: desafio para todos

Crise hídrica no Rio Grande do Sul: desafio para todos

O Brasil e o Rio Grande do Sul diante de um desafio de gestão de recursos hídricos

Todos já ouvimos ou lemos muito sobre crise hídrica e suas consequências, mas quando esta afeta nossa região diretamente devemos obrigatoriamente lhe dar mais atenção. Por se preocupar com o meio ambiente e com a qualidade de vida das pessoas, a Advento Desentupidora e Serviços Ambientais está sempre propondo a leitura de bons conteúdos que possam ajudar nossos leitores a entender melhor os problemas ao nosso redor, e principalmente como resolvê-los.

A água doce é considerada, atualmente, um dos bens mais preciosos e cobiçados do mundo, ao lado do petróleo. Por essa razão, já se tornou um dos principais motivos de disputas e conflitos internacionais. Com a expansão das atividades humanas, especialmente industriais e agrícolas, e o crescimento desordenado das cidades, os mananciais de água doce foram sendo afetados de maneira incisiva, o que envolve a diminuição não apenas da quantidade disponível mas também da qualidade.

O Brasil concentra cerca de 13% do total do volume de água doce do mundo, e a distribuição dessa pelo território é bastante desigual. Essa distribuição varia de acordo com características geográficas (geomorfologia e pedologia), climáticas (regime de precipitação e taxas de evapotranspiração) e sociodemográficas, uma vez que a ocupação intensiva do solo, sobretudo, quando desordenada, contribui para a diminuição da disponibilidade de água, e consequentemente a uma crise hídrica. Além disso, outro fator que contribui em muito para a disparidade do acesso à água e, consequentemente, do balanço hídrico, é a perda da qualidade das águas devido às ações antrópicas resultantes das atividades da indústria, da agropecuária e, também, da urbanização.



Bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul

As bacias da Região Sul apresentam situações críticas tanto pela baixa qualidade das águas como pela grande demanda, ambas relacionadas, dentre outras coisas, com o alto grau de urbanização e industrialização.

O Rio Grande do Sul, especificamente, que possui uma grande disponibilidade hídrica (grande densidade de cursos e corpos d’água e importantes reservatórios subterrâneos), apresenta um dos maiores desequilíbrios hídricos tanto em quantidade quanto em qualidade. O Estado coleta apenas 31,2% do esgoto gerado e trata menos de 13%, abrigando, por isso, três dos 10 rios mais poluídos do País: Sinos, Gravataí e Caí — todos localizados na região metropolitana de Porto Alegre, abastecendo mais de 1,5 milhões de pessoas. Ainda na região metropolitana, os municípios de Canoas e Gravataí figuram entre os 20 piores do Brasil no ranking do saneamento (que analisa a situação dos 100 municípios mais populosos do País).

Agropecuária possui a maior demanda de água doce do RS

A agropecuária, um importante setor da economia do Estado — correspondendo a cerca de 10% do seu Produto Interno Bruto (PIB) — é a maior responsável pela diminuição da disponibilidade hídrica quantitativa, uma vez que a maior demanda por água doce do Estado é para atividades de irrigação (cerca de 78% do total de água utilizada). Além disso, o RS usa quase o dobro da quantidade de agrotóxico nas lavouras, se comparado com a média anual brasileira: 8,3 litros por habitante contra 4,5 l/hab. O excesso de agrotóxico contamina o solo, as águas subterrâneas e os mananciais do entorno, uma vez que a chuva drena o solo e carrega esses poluentes, afetando não apenas a qualidade dessas águas, mas todo o ecossistema do local (PESSOA, 2015).

O agravamento do desequilíbrio entre oferta e demanda por água se dá, principalmente, pela falta de planejamento e gestão adequados dos recursos hídricos.

Saneamento básico de má qualidade

rio gravataí é o quinto mais poluído do Brasil

A falta de saneamento adequado é um dos principais problemas que resultam na má qualidade das águas e aumentam os riscos de uma crise hídrica. De acordo com o Ministério das Cidades, apenas 31,2% do esgoto são coletados e 12,6% são tratados no RS, enquanto, no Brasil, esses percentuais alcançam 54,2% e 39% respectivamente. Além disso, três dos 10 rios mais poluídos do

País estão localizados no Estado — Sinos, Gravataí e Caí —, os quais abastecem mais de 1,5 milhão de pessoas. Os Municípios de Canoas e Gravataí figuram entre os 20 piores do País no ranking do saneamento (que analisa a situação dos 100 municípios mais populosos do País). O uso indiscriminado de agrotóxicos e fertilizantes nas lavouras do Estado — uma média anual de 8,3 l/hab., quase o dobro da média nacional, que é de 4,5 l/hab. — e o despejo inadequado de rejeitos industriais também influenciam na perda de qualidade das águas.

Nas cidades, contribuem para um desequilíbrio no balanço hídrico, por um lado, o aumento da demanda — que deverá ser de cerca de 6% até 2025 — e, por outro, a diminuição da disponibilidade, seja por perda de qualidade, seja de quantidade. Nas áreas rurais, esse desequilíbrio é ainda maior e está relacionado, principalmente, à retirada de água para irrigação de mais de 150.000 hectares de lavouras, o que consome 78% do total da água utilizada no Estado.



Avaliação da Agência Nacional das Águas (ANA)

Devido a esse desequilíbrio, a Agência Nacional das Águas (ANA) considera que o RS possui uma das situações mais críticas de balanço hídrico, junto com o semiárido nordestino, e, por isso, está entre as áreas prioritárias de ação do Programa de Desenvolvimento do Setor Água (Interáguas), que visa ao planejamento e à gestão dos recursos hídricos em áreas críticas.

Diante de tal cenário, pode-se dizer que o Estado já sofre uma crise hídrica crônica, causada por falta de planejamento e má gestão dos recursos hídricos, e que resulta na baixa qualidade da água e no desequilíbrio entre disponibilidade e demanda. É vital, portanto, que sejam implementados planos eficientes de adequação, para evitar que uma crise crônica se transforme em aguda, como já ocorre no Sudeste do País, com consequências locais que poderão ser ainda mais graves e difíceis de contornar.

Fontes de consulta: Panorama Internacional e Portal FEE

O que é possível fazer para ajudar?

Para que possamos fazer a nossa parte na luta contra a crise hídrica, precisamos tomar medidas em nosso dia a dia. Muitas atitudes que parecem banais podem fazer toda a diferença pensando em um contexto mais amplo. A detecção de vazamentos é uma das formas que podemos ajudar a economizar a água potável de ser desperdiçada. Outra maneira viável de ajudar é criando mecanismos de reúso de águas, principalmente em condomínios e empresas onde o consumo é muito maior.

A manutenção em redes de esgoto de condomínios e empresas também é muito importante visto que uma rede de esgoto bem limpa e higienizada despejará o mínimo possível de resíduos em córregos e rios. A realização de limpeza de fossas periódica é uma forma de manter o sistema de esgoto de imóveis coletivos funcionando adequadamente.

O poder público através de suas empresas de saneamento e fornecimento de água potável também tem sua grande parcela de responsabilidades. Uma delas é fornecer tratamento de esgoto adequado em todas as regiões dos municípios. Também faz parte das responsabilidades do setor público, a manutenção constante da rede de abastecimento de água para que esta não tenha grandes índices de desperdício.

A água muda de estado. Ela nunca desaparece. O cuidado que devemos ter, ao usá-la, é recolocá-la em seu ciclo com a qualidade compatível àquela que encontramos.” É assim que o empresário Walter Lídio Nunes, presidente da Celulose Riograndense, explica a motivação da empresa instalada em Guaíba, na Região Metropolitana, ao investir em tecnologias para que a indústria fique de bem com o meio ambiente.



Bom exemplo

A Linha 2 do complexo industrial da Celulose Riograndense está entre as cinco fábricas de celulose mais modernas do mundo, com tratamento primário, secundário e terciário de efluentes, reciclagem de 99,7% dos resíduos sólidos e geração da própria energia, entre outras inovações. “A água é utilizada por aqui de maneira eficiente. Usamos o mínimo e colocamos de volta à corrente hídrica com qualidade. Para isso, investimos nas mais modernas tecnologias para uso e tratamento de água”, explica. A Linha 1, responsável pela produção de 450 mil toneladas/ano de celulose, também recebeu investimentos.

“Fizemos otimizações principalmente na parte de consumo de água. A partir de agora, vamos consumir, com as duas linhas em funcionamento, 60% da água que consumíamos apenas com a planta 1. Isso significa que, além de aumentar a capacidade de produção em cerca de quatro vezes, estamos reduzindo consideravelmente o consumo de água, graças à introdução de novas tecnologias.”

Nunes é categórico: “a água será um recurso cada vez mais valioso. O ciclo das águas é constantemente perturbado por ter demanda demais e é preciso que todos estejam engajados com a conservação das fontes. O saneamento básico é um problema sério, uma questão de saúde pública”, adverte. Fica bem claro que o saneamento básico é um grande agravador da crise hídrica no país e no nosso estado.

Fonte: Jornal do Comércio

Conclusão

Neste post você pôde conhecer um pouco mais sobre a crise hídrica no Rio Grande do Sul. Para evitar vazamentos, entupimentos de esgoto,  e descarte incorreto de resíduos nos córregos e rios, sempre é bom realizar manutenção preventiva, não deixando que o problema mais grave ocorra.

Estes serviços especializados podem ser contratados individualmente ou através de contratos de manutenção. Atendemos clientes residenciais, sobretudo em condomínios, comércio e indústria.

Para solicitar orçamento, em primeiro lugar, envie uma MENSAGEM ou ligue 24h para o fone (51) 3519-2477 | 99380-9502. Certamente teremos uma solução para o seu problema.

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